O anúncio feito ontem pelo governo do Estado de manter o comércio e demais atividades fechadas na região contradiz a proposta de autonomia às cidades que foi apresentada aos prefeitos do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, anteontem à noite, afirmou a entidade. A alternativa de ter os critérios de ocupação de leitos, evolução de casos e isolamento social analisados separadamente da capital paulista visava justamente a maior autonomia das prefeituras locais para a flexibilização das atividades a partir da próxima semana.
"A capital tem um peso desproporcional aos demais municípios da Grande São Paulo e o recorte permitiria critérios mais justos nas medidas a serem adotadas daqui para frente. Mas o que foi anunciado vai na contramão disso e penaliza a nossa região, que desde março está se desdobrando para ampliar os serviços de saúde enquanto aguarda pelos investimentos do Estado no aumento de leitos e equipamentos", argumentou o presidente do Condemat, e prefeito de Guararema, Adriano Leite (PL).
A direção do consórcio também reforçou as cobranças dos compromissos assumidos pela Secretaria de Estado da Saúde, junto aos prefeitos e ao Ministério Público Federal, de abrir 198 leitos de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) e clínica médica nos hospitais da região até 30 de junho.
Outros consórcios que representam as demais regiões da Grande São Paulo também serão mobilizados, assim como os deputados estaduais da Frente Parlamentar em Apoio aos Municípios do Alto Tietê e os deputados federais.