Uma data especial em tempos difíceis. Mesmo assim, é impossível deixar passar o Dia das Mães em branco, porém, os mais conscientes sabem que neste ano a comemoração terá outros moldes, por conta da pandemia do coronavírus, que insiste em perdurar e tapear as autoridades da Saúde. Para muitas famílias, será a primeira vez em que a ocasião será experimentada à distância, devido ao isolamento social, que causa, por consequência, o afastamento emocional, sem os abraços e beijos afetuosos, típicos da data de hoje.
Mesmo assim, é momento em se pensar na gravidade da doença que afeta o mundo todo. Apenas no Alto Tietê, mais de 40 mulheres, muitas dessas, mães, já morreram vítima da doença.
Sentimento de saudade define a data de hoje para o filho da dona Cecília de Almeida Soares, de 72 anos, o fotógrafo Felipe Claro, de 20 anos, que mora no Centro Cívico, em Mogi das Cruzes. Desta vez, por prevenção e respeito ao isolamento social, a comemoração não poderá ocorrer como de costume, no sítio de dona Cecília, em Guararema. "Não temos muito o que fazer, a não ser respeitar o isolamento e mandar um abraço e um beijo por chamada e vídeo. É bem triste, mas é para o bem de todos", reconhece Felipe Claro. 
Quando os beijos e abraços - maiores presente que uma mãe pode receber - não podem fazer parte do presente, o jeito é reinventar a forma de união, ainda que separados fisicamente. Isabelle Lumi Yoshida Abe, 20 anos, filha do atual vice-prefeito de Mogi das Cruzes, Juliano Abe, preparou um vídeo para presentear a avó, Tereza Yoshida, 69 anos, moradora do Alto do Ipiranga, em Mogi. A mãe de Isabelle vive no Japão. "Minha avó é uma pessoa que adora visitas, festas e bagunças, mas desta vez não será possível manter a tradição. Por isso, eu juntei todos os filhos dela, incluindo minha mãe, que não mora no Brasil, e pedi para que fizessem um vídeo de agradecimento a ela", contou a neta.
*Texto supervisionado pelo editor.