Cinco municípios do Alto Tietê registraram em abril uma redução média de 50% nos casos de estupros quando comparados ao mesmo mês do ano passado, segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Os números apresentados passaram de 38, no ano passado, para 19 casos neste ano.
A cidade que apresentou maior queda foi Mogi das Cruzes. No ano passado, o município registrou 12 casos de estupro no mês de abril, sendo nove de vulneráveis, consideradas crianças menores de idade ou pessoas que apresentam interferências em seu discernimento. Já no mesmo mês deste ano, a cidade registrou quatro casos (três de estupro e um de vulnerável), tendo uma redução de 66%.
Outra cidade que também apresentou uma redução significativa foi Poá, que acabou zerando os casos de estupro no mês passado, indo de quatro casos em 2019 para nenhum. Já o município de Itaquaquecetuba teve o pior índice de redução, caindo de 11 em 2019 para dez neste ano.
Os números também apontam que, dos dez casos em Itaquá, nove foram estupro de vulneráveis e apenas um categorizado como estupro. No ano passado, os dados foram parecidos: dois estupros e nove de abuso de vulneráveis.
Suzano apresentou uma redução de 57% no mês passado, isso porque, o município contabilizou neste ano três casos de estupro e no mesmo período do ano passado, um total de sete casos. Ferraz de Vasconcelos seguiu a mesma tendência, reduzindo 50% dos casos do município: de quatro para dois.
Para a delegada Silmara Marcelino, da Delegacia de Defesa da Mulher de Suzano, os casos de estupro durante a pandemia não conseguem passar números fiéis, já que podem acontecer diversas situações. "Não dá para saber se diminuem as ocorrências, isso porque pode acontecer dos criminosos não estarem fazendo ou as vítimas não estão registrando neste momento por causa do vírus, são muitas variáveis", disse.
Os casos de violência contra a mulher também seguem a mesma formatação, conforme explicou a delegada, já que nos registros não representam todas as informações, como, por exemplo, um ato pode ter acontecido anos atrás, mas a vítima só registrou agora.
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