O período de quarentena, necessário para conter o avanço do coronavírus, exigiu a adaptação de diversos profissionais, entre eles os taxistas e motoristas por aplicativo. As medidas sanitárias precisaram ser intensificadas imediatamente após as medidas de isolamento social, já que os serviços de transportes particulares não foram obrigados a paralisar.
Considerando que os motoristas fazem diariamente o transporte de diversas pessoas, foi necessário ampliar os cuidados com a higiene. O presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo da Região do Alto Tietê (Amarati), Maicon Silva, contou que há mais de um mês eles iniciaram campanhas de informação sobre a prevenção da nova doença.
"É importante que, além das medidas de prevenção, como utilizar máscaras e disponibilizar o álcool em gel, os motoristas estejam munidos de informação com diretrizes preventivas", afirmou Silva. Ainda de acordo com ele, não só os motoristas como os passageiros também precisam cumprir o uso das máscaras dentro dos veículos.
Após o término de cada viagem é necessário higienizar o carro, limpando as fechaduras e borrifando soluções que possam desinfectar os bancos. Para André Luiz de Souza, diretor do Sindicato dos Trabalhadores com Aplicativos de Transporte Terrestre de São Paulo, as empresas deveriam custear estes produtos.
"Como o número de viagens está muito reduzido desde o início da quarentena, os motoristas enfrentam um período econômico muito difícil. Ter de comprar os produtos para a higienização pesa um pouco no bolso", explicou Souza.
O taxista e presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de Mogi das Cruzes, Sandro Monfort, disse que existem outras medidas repassadas frequentemente aos motoristas. "Eles são orientados também a não conversar durante muito tempo com os passageiros e não ligar o ar condicionado, por exemplo. Todas essas medidas, em conjunto com as regras de higiene, são extremamente necessárias", finalizou.
Apesar de questionados, os dirigentes disseram que não têm informações sobre a quantidade de motoristas que já foram infectados pelo novo coronavírus na região.
*Texto supervisionado pelo editor.