Questionado sobre a situação financeira das unidades em Mogi das Cruzes e Arujá, o Hospital Ipiranga descartou o risco de interrupção de serviços e afirmou que está integralmente mobilizado para fazer frente à pandemia de coronavírus.
Segundo a direção do hospital, um plano de contingência sistêmico foi acionado, englobando o reforço dos estoques de medicamentos e insumos, assim como equipamentos de proteção individual; a reorganização dos fluxos de atendimento; e o adiamento temporário dos procedimentos cirúrgicos e exames eletivos, que vêm sendo reprogramados.
"As unidades fazem parte de um grupo de saúde internacional, com solidez operacional e financeira, portanto sem risco de interrupção de serviços", afirmou em nota.
A realidade do hospital não é a mesma de outras redes pelo país. De acordo com a Folha de S.Paulo, com 45% a menos de receita, o Hospital Israelita Albert Einstein cortou em 25% o salário e a jornada de trabalho de 33% dos seus 15 mil colaboradores. O jornal ainda afirma que no Sírio-Libanês, com 8,3 mil funcionários, também houve redução de jornada e de salários, remanejamento entre áreas e realocação de funções.
Essa também é uma preocupação da Associação Nacional de Hospitais Particulares (ANHP). Por diversas oportunidades, a entidade se reuniu com o Banco Nacional Desenvolvimento Social (BNDES) para linhas de crédito às instituições, principalmente para capital de giro.
A reportagem procurou as principais administradoras de hospitais particulares do Alto Tietê, no entanto não obteve resposta.