A Secretaria de Estado da Saúde assumiu ontem o compromisso com o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) de ampliar 198 leitos para o atendimento de pacientes de coronavírus. Apesar de bem-vindo, o anúncio não tranquiliza os prefeitos, já que a região contabiliza a maior taxa de letalidade (9,8%) da doença na Grande São Paulo, com média de 15 óbitos ao dia, e deve contar com essa ampliação somente a partir de 15 de junho.
O compromisso assumido pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, com os prefeitos inclui a ampliação de 48 leitos no Hospital Regional Dr. Osiris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos; 60 no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, em Mogi; e 90 no Hospital das Clínicas Auxiliar, em Suzano.
Além disso, há a promessa de prioridade - mas sem prazos - para o envio de respiradores ao Hospital Municipal de Mogi das Cruzes para a ampliação de 20 leitos de UTI na unidade, que é a única exclusiva para atendimento de Covid-19 em todo o Alto Tietê.
E também a inclusão do Hospital Padre Bento, em Guarulhos, como referência para as cidades da região - até então era para São Paulo e apoio para o Alto Tietê - e do Hospital Geral de Guaianazes como referência para Ferraz e Itaquá, assim como a indicação do Hospital Regional de Ferraz como referência para UTI Pediátrica.
"Estamos indo para 60 dias de quarentena e há mais de 40 dias discutindo o plano assistencial, com uma grade de referência que não é compatível com a realidade que o Alto Tietê apresenta e sem ações concretas e imediatas para dar vazão ao aumento da doença nas nossas cidades", ressaltou o presidente do Condemat, Adriano Leite.