Com a decisão da Prefeitura de São Paulo de endurecer as regras do rodízio de veículos durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), onde veículos com placas de final par rodam em um dia e de final ímpar rodam em outro, durante 24 horas e em toda extensão da cidade, os motoristas de serviço por aplicativo do Alto Tietê acabaram tendo que reduzir viagens para a capital, perdendo quase 50% dos ganhos diários.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores com Aplicativos de Transporte Terrestre de São Paulo, André Luiz de Souza, prevê redução nos ganhos dos motoristas, já que cerca de 85% vive somente pelos aplicativos. "Os motoristas não trabalham somente em um município. Entendemos a profundidade da pandemia, mas as famílias precisam comer".
Para o presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo da Região do Alto Tietê (Amarati), Maicon Silva, as medidas estão prejudicando os profissionais. "Com o rodízio, os motoristas precisam fazer 22 horas para ganhar como dois dias. O problema disso é que a Uber já limitou o trabalho para apenas 12 horas, fazendo com que o motorista fique migrando entre os aplicativos".
No entanto, Silva entende que não tem como isentar os motoristas de aplicativo, já que a Prefeitura não consegue ter acesso de quem é aplicativo ou não. "Não dá para isentar todos, se for assim, tem gente que vai se cadastrar nos aplicativo só para pode rodar nas ruas, assim não dá".
Uma solução em que Silva e outras associações estão planejando é a forma de isentar os motoristas por meio de cadastros das próprias entidades, tendo um filtro para que a Prefeitura consiga validar.
*Texto supervisionado pelo editor.