Com exceção de Guararema e Biritiba Mirim, todas as cidades da região registraram mortes por coronavírus (Covid-19) entre sábado e ontem, segundo informou as prefeituras e o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Em média, foram quase oito mortes por dia, sendo que Mogi das Cruzes foi a que registrou mais óbitos no total: nove.
Neste município, três mortes de pacientes masculinos, de 67, 84 e 67 anos, e seis de mulheres, entre os 36 e 80 anos foram confirmadas. Itaquaquecetuba informou cinco óbitos, três homens e duas mulheres, entre 30 e 69 anos. Em Suzano foram dois casos confirmados, de um homem (86) e de uma mulher (65).
Ferraz de Vasconcelos e Poá revelaram duas mortes cada. Na primeira cidade as vítimas são duas mulheres, de 65 e 42 anos, na última, um homem (52) e uma mulher (55). Arujá, Salesópolis e Santa Isabel registraram uma morte cada, respectivamente duas mulheres de 89 e 66 anos e um homem, de 88 anos.
Com essa atualização, o Alto Tietê soma 149 pessoas vítimas fatais da Covid-19. Em Mogi foram 36 óbitos, enquanto Itaquá e Suzano, na ordem, foram 35 e 26. Arujá possui sete casos, enquanto Poá, 13, e Ferraz, 19. Santa Isabel, com dez e Guararema e Salesópolis, com duas cada, fecham a lista. Biritiba não registrou nenhuma morte por coronavírus.
Cobrança
Os prefeitos do Condemat estão cobrando a ajuda do governo do Estado para manter a efetividade nas cidades, do cumprimento da quarentena, que foi prorrogada até o final de maio. Também reiteram o pedido de apoio na ampliação da rede de saúde para o atendimento dos pacientes de Covid-19 e a representatividade da região no Conselho Municipalista, criado na sexta-feira, para atuar no plano de retomada das atividades.
O anúncio de prorrogação da quarentena contrariou as expectativas de alguma flexibilização, ainda que apenas nos municípios um pouco mais distantes da capital, onde está o epicentro da pandemia. Diante da pressão dos setores empresariais e da dificuldade cada vez maior da população permanecer em casa, os prefeitos querem ajuda no trabalho de conscientização e, especialmente, de fiscalização do cumprimento do isolamento social. Para isso, o pedido é de apoio das Polícias Militar, Civil, Rodoviária e Ambiental.
"As prefeituras estão empenhadas em promover o isolamento e diminuir a curva de contaminação, mas falta estrutura para fiscalizar tudo. Temos represas, que estão sendo muito procuradas pelas pessoas, assim como chácaras de veraneio, além das áreas urbanas e dos equipamentos públicos. Precisamos de um respaldo maior do Estado para ajudar na fiscalização", destacou o presidente do Condemat e prefeito de Guararema, Adriano Leite (PL).