A possibilidade de redução dos salários dos vereadores durante a pandemia do novo coronavírus em Mogi das Cruzes gerou debate na tarde de ontem na Câmara Municipal. Levantada pelo vereador Iduigues Ferreira Martins (PT), a possibilidade foi discutida e recebeu pareceres favoráveis e contrários.
O parlamentar petista, que recebeu apoio de seu companheiro de sigla na Casa de Leis, vereador Rodrigo Valverde (PT), utilizou exemplos de cidades do Estado de São Paulo que já adotaram a medida, inclusive municípios próximos a Mogi, como Guararema e Santa Isabel.
A possibilidade recebeu opiniões iniciais contrárias, como por exemplo do parlamentar Mauro Araújo, que afirmou que esta não seria a melhor forma, neste momento, de auxiliar os cofres públicos. "Antes de uma medida como essa, é importante pensar em contenção de gastos públicos, como cortes em despesas não essenciais", afirmou Araújo, se referindo aos altos gastos com telefone e internet que o Legislativo paga e a utilização sem controle dos automóveis oficiais da Casa de Leis, por exemplo.
Uso de máscaras
Além das discussões sobre a redução dos vencimentos no Legislativo, a sessão foi pautada pelas argumentações acerca do projeto de lei deliberado ontem, que implica na punição, via multa, para os mogianos que não utilizarem máscaras ao saírem de suas casas. Mais uma vez houve divisão na Casa de Leis. Enquanto parte do plenário julgou como correta e necessária a punição, outros consideraram autoritária e desnecessária neste momento em que a população não possuí recursos e que o equipamento de saúde está em falta no mercado. O projeto, assim como todos outros referentes à Covid-19, tramitarão com celeridade no Legislativo, tanto que a Comissão de Justiça e Redação se reunirá na próxima segunda-feira para tratar dos assuntos.
A sessão de ontem foi marcada para votação sobre o retorno das sessões ordinárias. Ficou acordado que a partir de 5 de maio, as sessões voltam a ocorrer normalmente.