Como forma de escoar parte da produção encalhada pela pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura lançou no final de março a plataforma on-line de comércio Agrigu - Mogi é Agro. Os consumidores fazem o cadastro na plataforma www.agrigu.com para fazer suas compras, realizando o pagamento com cartão de débito ou por meio de boleto bancário.
Atualmente 27 lojistas estão cadastrados e ativos na ferramenta, enquanto 1.075 clientes se registraram.
A reportagem já havia informado no início deste mês que a ferramenta estava agradando parte do setor, entre eles os feirantes que conseguiam se manter na ativa neste momento de paralisação, mas que do outro lado da cadeia produtiva da cidade, a falta de conhecimentos técnicos para manusear a plataforma vem impedindo que produtores consigam escoar suas mercadorias, restando apenas ferramentas mais acessíveis a esse público.
Paralelo à falta de experiência nos meios tecnológicos, a reclamação agora vem dos consumidores, que apontam os altos preços praticados na plataforma. A reclamação é endossada pela engenheira agrônoma do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Juliana Monteiro, que alega que consumidor final paga carto pelo produto. Isso porque, mesmo com os produtores praticando seus valores habituais, a plataforma possui alta taxa de retenção de valores, o que deixa, após passar pela ferramenta, o valor do produto elevado. "Muitos produtores estão fazendo (distribuição dos alimentos) por fora, no sistema delivery. Dentro da plataforma não estão conseguindo entregar os produtos", disse a representante da categoria. (F.A)