Os três shoppings do Alto Tietê - em Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba - receberam a recomendação do governo do Estado de São Paulo para o fecharem até o dia 30 de abril. A medida é para frear o avanço da pandemia do coronavírus (Covid-19). A orientação partiu do governador João Doria (PSDB), em anúncio realizado ontem de manhã.
A recomendação, entretanto, não será atendida prontamente pelo Mogi Shopping, Suzano Shopping e o Itaquá Garden Shopping, uma vez que os centros comerciais ainda aguardam a formalização das informações e continuam acompanhando pronunciamentos oficiais do Estado e das prefeituras. O que já foi implantado, ao menos nas unidades de Mogi e Suzano, é a possibilidade dos lojistas optarem entre horários alternativos, das 10 às 22 horas, ou do meio-dia às 20 horas.
Assim como deve ocorrer com os centro de compras, Doria também anunciou a recomendação de fechamento de academias de ginástica, que terão até o domingo para a suspender as atividades. "Os shoppings serão fechados por razões sanitárias e proteção aos seus funcionários, aos seus profissionais e obviamente às pessoas", disse o governador.
Comércio de rua
O iminente avanço do coronavírus no Alto Tietê já prejudica o comércio de rua. A empresária Leni Aparecida dos Santos, 57 anos, dona de uma loja de moda íntima no centro de Mogi, já cogita a possibilidade de fechar o estabelecimento por tempo indeterminado. Segundo a empresária, não está sendo vantajoso permanecer com as portas abertas. "Além do lucro tem a questão do perigo do contágio. Aqui trabalhamos eu e minha filha e estamos em contato com o público", ressaltou.
O mentor em gestão para pequenas e médias empresas, Marcus Marques, reforçou que toda essa situação é uma fase transitória e os empreendedores devem se preparar para uma recuperação. "Caso seja essencial a presença dos colaboradores para que os negócios funcionem, como empresas de varejo e fábricas, é relevante desenvolver uma escala, um plantão, ou até mesmo antecipar férias individuais ou coletivas", explicou.
Esse é o caso da comerciante Cleide Lino de Souza, 55, que possui uma loja de tecidos no Mercado Municipal. Ela destacou que o público caiu consideravelmente desde o avanço da doença, mas que não sabe se deve fechar as portas. "To esperando um impacto de 50% na queda do público e deve ficar assim até o final de abril. Muito difícil", finalizou a comerciante