Com o crescimento acelerado dos casos suspeitos de coronavírus em Mogi das Cruzes, o preço do tão procurado álcool em gel já aumentou mais de 150% nas farmácias do município. O produto, assim como máscaras de proteção e luvas, está em falta nos comércios.
Apesar do momento caótico, os vendedores ambulantes encontraram uma oportunidade de elevar as vendas, oferecendo também o álcool em gel em praças centrais da cidade. Ironicamente, um dos ambulantes vendia, ontem, o disputado produto em frente a uma farmácia.
De acordo com o gerente farmacêutico de um estabelecimento no centro de Mogi, Marcos Vinícius Ferreira Barbosa, o valor do álcool em gel de 50 gramas aumentou
R$ 6, passando de R$ 4 para R$ 10 nos últimos dias. "Infelizmente é uma questão de mercado, quanto maior a demanda, maior o preço. Fora isso, também enfrentamos problemas com a falta de abastecimento dos fornecedores que não conseguem distribuir em velocidades tão aceleradas quanto a demanda", explicou.
Já a embalagem de 440 gramas passou de R$15 para R$ 23 na farmácia do centro. Para a gerente farmacêutica, Daniela Ferreira, o acréscimo do preço não chega a ser abusivo como muitos pensam. "O grande problema é a quantidade insuficiente entregue pelos fornecedores. Nós recebemos os produtos uma vez na semana e, em menos de um dia, a prateleira já fica vazia", lamentou.
Tudo isso em razão do aumento dos casos suspeitos da doença no município, que ontem atingiu 35 notificações, impulsionando a população a intensificar as medidas de prevenção.
Outro gerente farmacêutico, Alison dos Santos Bitencourt, contou que a procura não parte somente do grupo de risco (idosos), mas de pessoas de todas as idades. "Antes das aulas serem interrompidas pelo coronavírus, alguns professores, coordenadores e diretores já solicitavam aos pais dos alunos que comprassem álcool em gel para os alunos. Mesmo com o preço elevado, a procura continua muito alta. Esperamos que em breve a situação se normalize", finalizou.
No Alto Tietê já existem 129 casos suspeitos da doença. As aulas em escolas municipais e estaduais, bem como eventos que reúnam grande quantidade de pessoas, já foram adiados para evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da doença.
*Texto supervisionado pelo editor.