O surto do coronavírus em todo o mundo impactou significativamente a vida dos consumidores, elevando a busca por produtos de abastecimento de emergência e de suprimentos de saúde. Segundo estudo da Nielsen, as vendas em 150 cadeias varejistas crescem de forma exponencial a cada semana, pelo meio on-line, apontando que o brasileiro se prepara para uma vida mais restritiva.
O comportamento do consumidor brasileiro teve duas etapas claras até agora: pós-primeiro caso (de 23 de fevereiro a 1º de março) e logo depois do anúncio de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (de 1º de março até 8 de março).
Na primeira, a corrida foi concentrada em produtos de limpeza, que registraram alta de 20% na comparação com a semana anterior. A alta no faturamento foi registrado em 66% das 550 categorias auditadas pela Nielsen. Na segunda, o crescimento nas vendas se disseminou em 88% das categorias e o faturamento expandiu em 16,2%.
"O brasileiro respondeu de forma rápida após a confirmação do primeiro caso, e buscou produtos relacionadas à prevenção da doença - antisséptico, álcool, desinfetante," afirmou a responsável pelo atendimento ao Varejo da Nielsen Brasil, Fernanda Vilhena.
Os dados da Nielsen sugerem que o brasileiro deu os primeiros passos na mudança de hábito também em relação ao trabalho, com a adoção do home office. Na primeira semana, a maior busca foi por softwares, cujo crescimento foi de 389%. Na segunda, houve maior procura por eletrônicos, alta de 17%.