O cancelamento oficial por parte da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) da implantação de uma praça de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88) movimentou a classe política e principalmente a população, que se mostraram satisfeitas com a confirmação.
Entretanto, mesmo com a negação do posto de cobrança para o local inicialmente planejado, personalidades envolvidas na causa já afirmaram que não desistirão de remover o pedágio de qualquer que seja o ponto da rodovia mogiana, cientes do impacto a ser gerado.
A população, muito bem representada pelo movimento Pedágio Não, já confirmou que apoiará manifestações em outros municípios da região, desde que os protestos se iniciem dentro da cidade, num gesto de solidariedade. A classe política, por sua vez, caminha no mesmo sentido.
"A proposta é esdruchula no km 45 e em toda a Mogi-Dutra. A rodovia foi construída com nosso dinheiro". As palavras do deputado federal Marco Bertaiolli (PSD) representam a iniciativa que deve se estender à população futuramente.
Mesmo com o pedágio sendo cancelado no km 45, a Artesp ainda continua com os estudos para a instalação de um posto de cobrança na rodovia mogiana, devido, principalmente, ao grande volume de veículos que passa diariamente na via.
A bola da vez está com o município de Arujá que, segundo informações não confirmadas pela Artesp, seria o novo destino para o posto de cobrança. Com sinais de uma possível ida do pedágio para os arredores da cidade, o temor dos arujaenses já começa a se espalhar pela região, visto que a possibilidade acarretaria - assim como seria em Mogi - em uma série de problemas para os motoristas que se utilizam da estrada.
As mais de 48 mil assinaturas entregues ao alto comando da Artesp deram o recado: Mogi das Cruzes não deseja e nem suporta um pedágio. Esta luta tem de continuar na classe política e intrinsecamente à população. Uma batalha vencida, não a guerra.