O ótimo desempenho na redução da criminalidade em Itaquaquecetuba, apresentando baixos índices em 2019, é visto pelas autoridades como recorde e exemplo de gestão a ser seguida. Um dos principais indicadores que apresentou drástica redução foi o de homicídios dolosos, já que o número de ocorrências do tipo foi o menor nos últimos 20 anos.
Foram 19 mortes ao longo dos 12 meses do ano passado, número significativamente menor do que os 209 assassinatos registrados em 2001, por exemplo, quando o estudo da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) passou a divulgar a quantidade de ocorrências.
No ano passado, inclusive, foi a primeira vez que a cidade registrou menos de 20 homicídios, principalmente por uma mudança de estratégia do alto comando da Polícia Militar na região.
Boa parte deste índice se deu devido aos trabalhos do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, que também atende a região, chefiado pelo delegado titular Rubens José Angelo. Em sua visão, o intenso trabalho de seus comandados, investigando, solucionando e prendendo os responsáveis por homicídios, tem sido fundamental para que os números estejam cada vez menores.
"Recentemente, nós solucionamos um caso em que, no celular de um dos criminosos, estava escrito que em Mogi seria difícil cometer o crime sem deixar vestígios porque aqui tinham muitas investigações, ou seja, isso reflete na diminuição dos casos", pontuou. Além disso, o delegado ainda creditou à Imprensa parte do mérito na redução dos índices, devido ao trabalho de divulgação das investigações da polícia feito pela mídia.
Assim que assumiu o Comando de Policiamento de Área Metropolitano 12 (CPA/M-12), o coronel Wagner Tadeu Prado identificou pontos que precisavam ser alterados no combate à criminalidade na cidade. Antes de seus trabalhos, de acordo com o próprio coronel, o foco do 35º Batalhão de Polícia Militar estava no combate ao tráfico de drogas, deixando outros pontos importantes da segurança pública. Ao assumir, os trabalhos no combate ao comércio de substâncias ilícitas foi mantido, mas houve uma redistribuição de tarefas, prezando pelo combate aos crimes contra o patrimônio, ou seja, roubos de veículos, carga, sequestro e, consequentemente, os homicídios.
"É um leque de atuação onde temos de trabalhar em várias frentes. No final de 2018, mudamos a estratégia e estamos sentindo os resultados. Toda semana praticamente temos reuniões no 35º para nortear e redirecionar as ações. É fazer mais com menos", disse.
Nos últimos 20 anos o índice de letalidade violenta também apresentou queda em praticamente todo o Estado de São Paulo, sendo que em 2019 o resultado também chama a atenção.