As represas da região que compõem o Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat) iniciaram o ano com números satisfatórios no que diz respeito ao volume das bacias. De acordo com informações do departamento, os mananciais da região estavam ontem com 77,2% do volume operacional e 55 milímetros de pluviometria. Durante o ano passado, o Spat registrou diversas oscilações mensais no volume de água nas represas, no entanto, a população pôde permanecer despreocupada com o abastecimento, já que os índices estiveram sempre favoráveis.
No mês de janeiro de 2019 o sistema tinha 53,2% de sua capacidade ocupada, o número mais baixo em 12 meses. O período também corresponde aos dias em que as temperaturas estiveram mais altas. Já no mês seguinte, em fevereiro, o volume começou a apresentar crescimento, chegando a 72,5%. O número maior foi registrado em setembro, quando as represas atingiram 97,2% da capacidade total.
Com os índices elevados, a população ficou despreocupada em relação ao abastecimento de água, dispensando qualquer tipo de controle no consumo. Em junho do ano passado, o volume total das barragens alcançou o índice de 95,6%, o segundo maior acúmulo de 2019.
Em outubro, a média mensal foi de 95%, bem próxima ao mês anterior. Abril também fechou os 30 dias com um volume positivo de 93,8% e março com 91,4%. Embora o maior número tenha sido em setembro, o mês de agosto apresentou baixa, caindo para 90,6%. Por sua vez, outubro, novembro e dezembro armazenavam, respectivamente, 82%, 78,6% e 76,8%.
Vale relembrar que o Spat é composto por cinco represas, sendo elas: Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba, a represa mais importante do sistema. Juntas, elas têm uma capacidade de armazenar cerca de 575 bilhões de litros, compondo o segundo maior sistema da Região Metropolitana de São Paulo.
Crise hídrica
Em 2014, São Paulo enfrentou uma das maiores crises hídricas nacionais, quando o sistema Cantareira não atingiu os níveis mínimos de água e, portanto, não pôde abastecer a população. O motivo foi o verão mais quente e seco já registrado em décadas. O sistema é composto pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Juntas, elas fornecem água para cerca de 9 milhões de pessoas na cidade de São Paulo.
*Texto supervisionado pelo editor.