Como parte importante da transformação desejada pela prefeitura para os próximos anos por meio do novo Plano Diretor, uma mudança de cenário na zona central de Mogi das Cruzes está prevista, com cada vez menos carros e mais empreendimentos multifuncionais.
O fomento ao transporte público coletivo, como principal modal de locomoção para um futuro próximo está explícito no documento. De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Cláudio de Faria Rodrigues, além do fortalecimento e integração entre os terminais rodoviários, as quatro estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) começam a ganhar outra conotação para que as composições que passam por Mogi sejam encaradas com metrôs de superfície. "A gente tem de incentivar o transporte coletivo, temos de ter ciclovias adequadas, remodelação das calçadas, trazer vitalidade ao centro", disse.
Um outro exemplo desta mudança na área central são os novos prédios que serão construídos a partir da promulgação da lei, os quais receberão incentivos para implantação de uma fachada ativa em sua base, instrumento muito usado em grandes avenidas de São Paulo para não só utilizar do edifício como um prédio residencial, por exemplo, mas também como um comércio. "Os novos prédios também não vão precisar mais criar vagas de estacionamento, porque na verdade não queremos que o carro chegue até lá, mas que esteja preparado para receber pessoas", disse Rodrigues, usando como exemplo grandes metrópoles, como Londres.
Com estas mudanças, principalmente a partir da implantação de mais fachadas ativas, o Executivo pretende mudar a vida noturna do centro de Mogi, dando ainda mais possibilidade de entretenimento e lazer para as pessoas. "Muita gente fala do centro de Mogi, que de dia tem vida e é morto durante a noite. O Plano Diretor vai poder potencializar estas mudanças", concluiu. (F.A.)