Em vigor desde o primeiro dia do ano, o salário mínimo chegou a R$ 1.039. Mesmo com o aumento, trabalhadores e aposentados dizem que o novo valor não condiz com a realidade da maioria da população. O reajuste foi sancionado pela Presidência da República, corrigido pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Porém, o novo mínimo segue abaixo da inflação oficial do país.
Para a população, o aumento de R$ 41 não é o suficiente para o estilo de vida do trabalhador brasileiro. Para o aposentado Armando de Barros, 65, a quantidade extra não será capaz de suprir as necessidades, aliás, a remuneração é inviável para quem tem um gasto excessivo com impostos, que são inúmeros. Segundo ele, o ideal seria uma diferença acima da inflação.
Para a aposentada Maria Ana Campos, 65, o acréscimo de R$ 41 não faz a mínima diferença para aqueles que possuem gastos superiores ao proposto. No seu caso, que recebe o benefício da aposentadoria, ela conta que o valor não supre com as suas despesas essenciais, como, por exemplo, os remédios que precisa comprar periodicamente.
Outras percepções
Mesmo com o valor abaixo da inflação, existe a expectativa de uma leve melhora na economia e na geração de empregos. A Agente de Atendimento Júlia de Souza Leite, 19, acredita que o possível aumento ajudará a reduzir o desemprego. "Mesmo que não seja proporcional ao estilo de vida do trabalhador, acredito que esse acréscimo, de alguma forma, poderá gerar novos empregos, melhorando a qualidade de vida".
Já o operador de telemarketing William Araújo, 26, se mostrou bastante otimista com o reajuste do salário mínimo. Segundo ele, embora o novo valor não acompanhe a inflação, a expectativa é de que, em breve, apresente uma melhoria na folha salarial do trabalhador.
*Texto supervisionado pelo editor.