Durante a entrevista, ficou evidente que o atual presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (AEAMC), Nelson Bettoi Batalha Neto, possuí uma preocupação que o faz refletir constantemente: o futuro presidente da associação.
Responsável por dar continuidade ao legado deixado desde 1960, quando a entidade foi fundada, Batalha Neto deseja indicar alguém de confiança, que entenda e mantenha os ideais da associação.
A repetição de presidentes nos últimos anos e o sentimento de falta de oxigenação dentro da entidade fazem com que o atual administrador se cobre e tenha uma tarefa importante ao longo de seu mandato, que acabara de começar e se estende até o final 2021. A indicação de um novo nome para presidente era algo a ser feito no final de 2019, mas sem a certeza de que tal novidade iria desempenhar trabalhos produtivos, como os realizados por Batalha Neto, a nomeação foi postergada.
Por ora, tal decisão está sendo encarada como a melhor opção para a entidade, devido à entrada de seus representantes na luta contra a instalação de uma praça de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88). Mas a decisão não é fácil. Isso porque quem assumir a AEAMC em 2021 terá que dedicar seu tempo para a entidade, requisito difícil de ser encontrado atualmente em algum profissional.
Outra competência necessária e que deverá ser cobrada ao futuro gestor é a habilidade de dialogar com diversos setores da sociedade mogiana, desde a alta cúpula do Executivo até membros da categoria que a associação representa.
Além disso, o sentimento de querer realizar novas façanhas também precisa estar presente no novo representante. "Não é fácil, porque queremos alguém que tenha a identidade da associação. Nós estávamos com alguns nomes para indicar na última eleição, mas ainda não sentimos segurança. A pessoa precisa dedicar boa parte do seu tempo em prol da entidade. Atualmente, qual profissional teria essa disponibilidade?", questionou Batalha Neto.
Para os membros da AEAMC, o caminho traçado pelos fundadores da entidade mogiana já está consolidado e deve ser o norte para quem assumi-la nos próximos anos. "Tem que ser novo, mas não de idade, e sim de ideias", finaliza o atual presidente.(F.A.)