Com o anúncio da suspensão nos atendimentos da Maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes em razão da superlotação, algumas grávidas disseram que podem encontrar dificuldades com a gestação. Desde a manhã de ontem, a maternidade realiza a internação apenas de gestantes em trabalho de parto ou em casos urgentes. Nas demais situações, elas são direcionadas a outros hospitais.
A gestante Regiane Aparecida da Silva, de 32 anos, é uma das mães que ficou preocupada com a notícia. "Eu tenho medo porque nunca sabemos o que está acontecendo de fato com os nossos bebês. Pode ocorrer de chegarmos aqui e os médicos acharem que está tudo bem, mandar a gente voltar para a casa e lá acontecer algo mais grave", indagou. A mulher afirmou também que as demais maternidades ficam muito distantes de onde ela mora.
A distância também foi um fator apontado pela esteticista Thayane da Silva Matias, 29, que revelou não saber onde está localizada a maternidade mais próxima depois da unidade na Santa Casa de Mogi. "Eu não sei para onde eu iria se precisasse me locomover à outra maternidade. Acredito que todas as mães nesta situação ficariam com algumas dificuldades", completou.
Mesmo utilizando um veículo próprio para ir até a Maternidade em alguns dias de acompanhamento, a dona de casa Aline de Oliveira, 29, precisa recorrer ao transporte coletivo. "Se for necessário que eu seja transferida até outro município, minha situação pode ficar muito difícil. Quem dirige é o meu esposo e sem ele eu precisaria pegar ônibus, quem está grávida sabe o quanto isso é complicado", lamentou.
Em resposta à reportagem, a Prefeitura de Mogi das Cruzes afirmou que em alguns casos de internações emergenciais que não sejam partos, as gestantes serão transferidas por meio de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). (T.M.)