O preço do combustível tem aumentado aos poucos em todo o país, não só para os condutores que abastecem os veículos, como também para os proprietários dos postos de abastecimento. Nas cidades de Mogi das Cruzes e Suzano não é diferente, segundo as pessoas responsáveis pela compra do produto nos postos, o preço aumentou, mas ainda não foi necessário o reajuste no valor da "bomba".
João Oliveira Rios é gerente em um posto de combustível em Suzano e informou que tem recebido o produto com diferença de preço. "Eu recebi o combustível com dez centavos a mais. Compramos a gasolina por R$ 3,90 o litro, dias atrás estava R$ 3,80", disse. Ele também afirmou que não houve alteração do valor pago pelos consumidores. "Estamos segurando os valores da bomba pela variação do preço de compra. Da última vez, eu recebi mais caro, futuramente, talvez, receba mais barato", completou.
O proprietário de um posto em Mogi das Cruzes, Donato Yuji Kano, disse que os combustíveis têm recebido aumento de preço de compra, devido a isso, os valores aumentam para o cliente. "Ano passado, aumentou muito a demanda do etanol, pelo alto preço da gasolina", afirmou Kano.
Na última semana de dezembro, os preços médios dos combustíveis em Mogi das Cruzes foram de R$ 4,926 no litro de gasolina comum, R$ 2,994 de etanol e R$ 3,564 no diesel, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Já em Suzano, as médias foram ainda maiores. O preço médio do litro da gasolina chegou a R$ 4,331, etanol R$ 3,035 e diesel R$ 3,740.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que o governo não irá interferir na política de preço de combustíveis. "Reconheço que o preço está alto na bomba. Pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e do Iraque, o impacto não foi grande. Foi de 5%, mas passou para 3,5%. Não sei quanto está hoje em ralação ao dia do ataque, mas a tendência é a de estabilizar", disse Bolsonaro.
A técnica de enfermagem, Rose Peres, 52 anos, falou que deixa de sair de carro para economizar às vezes. "Depende do clima, mas sempre que posso deixar o carro em casa, eu deixo", disse Rose. Já o funileiro Valdair Marcelino Rodrigues, 60 anos, disse que nem todo mundo pode pagar os novos valores. "Encher o tanque de gasolina não é para qualquer um. Se pagarmos o preço que está, deixamos de comprar as necessidades básicas, concluiu Rodrigues.
* Texto supervisionado pelo editor.