Representantes do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmaram que diversos municípios do Alto Tietê, incluindo Mogi das Cruzes, não respeitam a área de várzea dos rios necessária para que, em situações extremas como de fortes chuvas, residências não sejam inundadas ou comprometidas. Tal medida, que acontece sem a permissão das prefeituras, impossibilita a plena operação das barragens, que, precisando liberar mais água para a temporada de chuvas, se vê refém de um problema social: as moradias em áreas irregulares.
Caso de Mogi, onde, no início deste ano, moradores do bairro do Oropó, às margens do rio Jundiaí, amanheceram com as casas inundadas, perdendo mantimentos e móveis. Na oportunidade, a água invadiu com velocidade as residências e não deu tempo de salvar muita coisa, apenas de levantar os móveis e correr para fora de casa.
O DAEE afirmou que o sistema de alerta para inundações e cheias dos rios é repassado simultaneamente à Defesa Civil e que qualquer tentativa de afirmar que não houve comunicação entre o departamento e o órgão responsável em alertar a população não pode ser considerada. (F.A.)