Mais um protesto contra o pedágio na rodovia Mogi-Dutra ocorreu na manhã de ontem. A carreata contou com aproximadamente 50 carros e faz parte do Movimento Pedágio Não, que tem como objetivo sensibilizar a Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) sobre o pedágio que pode ser implementado no km 45.
Desde o anúncio da Artesp sobre o pedágio, no segundo semestre do ano, moradores e comerciantes da região protestam contra a implantação. Parte do movimento é encabeçado por moradores do Condomínio Aruã e conta com associações de moradores dos bairros próximos, além de entidades que serão afetadas diretamente com a praça de cobrança, como a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC); Associação Gestora do Distrito do Taboão (Agestab); Centro de Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), entre outras.
O deputado estadual Luiz Carlos Gondim (PTB) também esteve presente para manifestar sua insatisfação. "O governador (João Doria (PSDB)) prometeu durante campanha que reduziria o preço dos pedágios e agora ele quer aumentar o número de praças de cobrança? Então, ele tem que saber que nós estamos inconformados", disse Gondim.
O presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (AEAMC), Nelson Batalha Neto, um dos organizadores do movimento, disse que os moradores que serão prejudicados estão cientes do problema e têm contribuído nos protestos. Um dos organizadores do movimento, Paulo Boccuzzi, 39 anos, diz que já foram distribuídos mais de cinco mil adesivos contra a impopular medida do governo do Estado. "Aguardamos uma resposta da Artesp e, dependendo da manifestação deles, vamos potencializar o movimento", disse Boccuzzi.
A mobilização causou lentidão no trecho e foi acompanhada por policiais militares e rodoviários.
*Texto sob supervisão do editor.