Desde o anúncio de uma possível implantação de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88), feito pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), há uma mobilização grande por parte dos moradores e de entidades que podem ser prejudicadas pela praça de cobrança. Na última semana, a Artesp aceitou se reunir com representantes do movimento "Pedágio Não" e, após ouvir o posicionamento dos representantes, prometeu apresentar alternativas para a não implantação do posto de cobrança ao governador do Estado, João Dória (PSDB). A resposta sobre esses estudos deve ser feita no próximo mês. 
A expectativa dos representantes que fazem parte do movimento contra o pedágio é boa, segundo Luiz Bonora, presidente da Associação de Adquirentes de Lotes do Condomínio Aruã. "Aumentou a esperança. Em razão das manifestações feitas no município, a Artesp prometeu estudar mais a fundo a necessidade da implantação dessa praça de cobrança", disse Bonora.
Outro representante confiante é Nelson Batalha Neto, presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (AEAMC). "Estamos tranquilos e com força total para lutar contra essa pretensão do governo do Estado. Tivemos o apoio do prefeito Marcus Mello (PSDB) e do deputado federal Marco Bertaiolli (PSD) e isso fortaleceu ainda mais o nosso movimento", afirmou Batalha, confiante, mesmo sabendo da possibilidade de a resposta ser negativa e a proposta da implantação do pedágio poder seguir em frente. "Caso isso aconteça, iremos intensificar os protestos para cima do governador. Não queremos ofender a pessoa, mas sim, mostrar que a instalação desse pedágio não faz o menor sentido", informou.
A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) também está esperançosa por uma boa notícia em janeiro de 2020. Segundo o vice-presidente da entidade, José David Abílio, a expectativa é de que o governador atenda as reivindicações das entidades mobilizadas. "Em paralelo, a ACMC, assim como outras entidades de classe mobilizadas nesta luta, vai seguir alertando sobre os prejuízos que um pedágio na Mogi-Dutra irá causar para a cidade e região. No caso do comércio, a proposta deve elevar os custos de transportes, os quais inevitavelmente serão repassados para os produtos", disse o vice-presidente da ACMC.
Abaixo-assinado
Outra medida importante realizada pelos representantes do movimento são os abaixo-assinados. Segundo um dos organizadores do movimento, Paulo Boccuzzi, o abaixo-assinado online já atingiu mais de 30 mil assinaturas. Ao mesmo tempo, estão sendo promovidos os abaixo-assinados físicos, que já contam com 5 mil assinantes. Até então, eles foram distribuídos pelos comércios de Mogi e futuramente chegarão aos bairros e condomínios da Serra do Itapeti. "Estamos preparados para aumentar o número de pessoas e entidades que fazem parte do projeto, caso necessário, como por exemplo sindicato e entidades relacionadas aos caminhoneiros", concluiu Boccuzzi.
*Texto supervisionado pelo editor.