Um grupo de 336 adolescentes que cumprem, ou cumpriram, medida socioeducativa de internação em 93 centros da Fundação Casa no Estado de São Paulo foram inscritos para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) que começou a ser aplicado ontem e segue no dia de hoje.
Só nas cidades de Arujá e Itaquaquecetuba são cinco adolescentes de três centros socioeducativos (Arujá, Itaquá e Terra Nova) inscritos para participar. Os jovens se juntam ao total de 46.136 pessoas - entre adultos do sistema penitenciário e jovens em medida socioeducativa de internação - que realizam, em todo o Brasil, as provas em busca de ingresso no Ensino Superior. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em todo o território paulista são 15.826 inscritos nos dois sistemas.
Na Fundação Casa, as provas acontecem dentro dos centros socioeducativos. Os adolescentes que eventualmente já foram desinternados poderão retornar para realizar as provas. Os testes são aplicados por profissionais contratados pelo Inep, órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame.
Assim como o Enem geral, o Enem PPL possibilita concorrer, de forma igualitária, a vagas no Ensino Superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) ou a financiamento por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Enem PPL
O Enem PPL destina-se apenas aos adolescentes e adultos privados de liberdade que concluíram ou estão na última série do Ensino Médio. No primeiro dia, os adolescentes terão cinco horas e meia para responder às questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de escrever a redação. No segundo dia, serão cinco horas de duração para solucionar as questões de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias.