Arujá está em situação de alerta em relação a criadouros do mosquito Aedes aegypti por imóvel. A informação é de um balanço inédito realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).
Com base no Índice de Infestação Predial (IIP), indicador entomológico calculado pelo número de recipientes com presença de larvas do mosquito em cem imóveis pesquisados, o município ficou com avaliação de 3,33, ou seja, em média, há mais de três criadouros para cada residência, segundo a amostragem. O nível satisfatório é abaixo de 1, e alerta de 1 a 3,9. Este é o maior índice da região e o 12º do Estado de São Paulo. O levantamento foi realizado entre os meses de outubro e novembro e foi divulgado pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).
Todos os municípios do Alto Tietê foram avaliados, sendo o mais próximo dos números de Arujá, Salesópolis com índice 1, o nível mais alto dentro do grupo de municípios classificados em situações satisfatória. Suzano teve IPP de 0,57, tido como situação satisfatória.
Entre o índice de Arujá e o de Suzano, aparecem a realidade de dois municípios: Poá, com 0,95 e Mogi das Cruzes com IPP satisfatório de 0,17. Biritiba Mirim foi a única cidade do Alto Tietê que ficou com IPP 0 durante os meses de outubro e novembro.
"Manter o meio ambiente limpo e preservado contribui para a saúde coletiva. Como 80% dos criadouros estão nas residências, pedimos a colaboração de toda a população para combater o mosquito", disse o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
A Prefeitura de Arujá informou que o índice de densidade larvária teve uma queda considerável na cidade desde que é feita a medição, uma vez que houve uma diminuição dos números de 6,12 para 3,33 entre os meses de outubro de 2018 e 2019. "Isso é uma consequência das ações de conscientização e combate ao Aedes aegypti realizadas pela administração", destacou em nota. A prefeitura de Suzano disse que com a chegada das chuvas, a Secretaria Municipal de Saúde reforçou o combate ao mosquito. "As ações envolvem orientação de moradores, busca ativa de criadouros e bloqueio em locais onde há casos confirmados da doença", disse a prefeitura. Já a Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que mantém um trabalho contínuo no combate à dengue, desenvolvido o ano todo pelo Núcleo de Controle e Prevenção de Arboviroses por meio de ações diversas como vistorias, orientações, visitas, bloqueio de criadouros, entre outras.