Agentes do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) retornaram aos municípios do Alto Tietê para checar as condições das unidades municipais e estaduais de saúde com o objetivo de confrontar as informações atuais com as coletadas no dia 25 de junho deste ano, quando o órgão fiscalizou os hospitais municipais e estaduais de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano.
Desta vez, quase todas as unidades fiscalizadas em junho receberam visita dos agentes do TCE e em breve receberão os pareceres sobre a situação. Em Arujá, por exemplo, a vistoria foi realizada na Unidade Pronto Atendimento (UPA), que não contou com a presença dos agentes na fiscalização anterior. Já em Ferraz, o Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho foi alvo das vistorias, por sua vez, em Itaquá, o Centro de Saúde 24 horas e a UPA Sadako Sedoguti passaram pelo crivo do TCE. O Hospital Municipal de Poá, Doutor Guido Guida, e em Suzano, a UPA do distrito de Palmeiras e o Pronto Socorro (PS) Municipal, foram fiscalizados. A única unidade de saúde vistoriada em junho que não contou com visita dos agentes do TCE ontem foi o Hospital e Maternidade Municipal Dalila Ferreira Barbosa, em Arujá
Em todas as unidades de saúde fiscalizadas do Estado, na comparação com a vistoria anterior, os índices atuais foram inferiores. Por exemplo, antes, em 93,6% das unidades, haviam médicos para especialidades, e agora, na nova visita, o índice caiu para 90,6%. Já em relação aos banheiros para pessoas com necessidades especiais, antes 76,2% das unidades fiscalizadas possuíam o espaço, sendo que agora o número diminuiu para 69,3%. A redução na qualidade das unidades paulistas de saúde, de maneira geral, caiu na comparação entre as visitas.
Vale destacar que a fiscalização aconteceu ao longo da manhã e parte da tarde de ontem. O relatório detalhado, bem como a comparação entre as fiscalizações, será divulgado pelo órgão ainda hoje.
Mogi
O TCE constatou irregularidades em diversas unidades de saúde, dentre elas no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (HMMC), no distrito de Braz Cubas, onde, de acordo com órgão, havia pessoas esperando em pé para serem atendidas, com as janelas da recepção fechadas, sem ventilador ou ar-condicionado.
A prefeitura disse, em nota, que o Hospital está realizando mutirões para redução do tempo de espera por alguns procedimentos médicos com maior demanda e que especificamente ontem estava ocorrendo mutirões para consultas de cardiologia (50 pacientes) e ecocardiograma (40 pacientes), o que aumentou o fluxo de pacientes na unidade.