A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) respondeu a moção de repúdio apresentado pela Câmara Municipal no final do mês passado, sobre a instalação de uma praça de pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88), como parte da concessão do lote de rodovias paulistas. No seu posicionamento, o departamento de trânsito não considera o documento do Legislativo mogiano e afirma que o canal para posicionamentos, por enquanto, é o site do departamento.
A negativa da Artesp irritou parte dos vereadores, que consideraram o documento um desrespeito com a Casa. "Somente serão apreciadas pela Agência as contribuições que sigam o regulamento publicado e disponível no site da Artesp", afirma o documento assinado pelo assessor técnico da Diretoria Geral, Guilherme Teixeira. A moção de repúdio foi assinada pelos 23 vereadores e tinha como objetivo mostrar a insatisfação do Legislativo mogiano com as propostas apresentadas pela Artesp.
Após a leitura da resposta, alguns vereadores se manifestaram, dentre eles, Rodrigo Valverde (PT) que solicitou - mais uma vez - uma audiência com o governador João Doria (PSDB). "Um desrespeito com esta Casa", concluiu. Já o parlamentar Antonio Lino (PSD) classificou o posicionamento da Artesp como um absurdo e insulto aos trabalhos realizados pela câmara.
Para a aprovação da moção, no final de outubro, os parlamentares justificaram que a população mogiana não pode ser punida com o pagamento das contas do governo do Estado e que a instalação do pedágio é totalmente rejeitada pela população, que sofrerá penalização por uma cobrança indevida.
A época, o prefeito Marcus Melo (PSDB) também expôs oficialmente seu posicionamento contrário à implantação de uma praça de pedágio, por meio de um ofício protocolado junto à Artesp.