Um grupo de 17 empresários do segmento de tabacarias de Mogi das Cruzes está organizando a formação de uma associação para representar a categoria, que está em crescimento no município. Em resposta à matéria publicada ontem sobre o assunto, que trouxe o posicionamento do secretário de Segurança, Paulo Madureira Sales, os empresários afirmam estar insatisfeitos com a postura da prefeitura em relação às novas medidas de regulamentação apresentadas.
Os estabelecimentos envolvidos no movimento são Roottsmok Lounge & Bar, Star Hookah Bar, Tabacaria Babylon, Ember Lounge Bar, Scorpions Tabacaria, Medellin Lounge Bar, Mandala Hookah Lounge, Tabacaria Marrakesh, Vibe Hookah Lounge, Tabacaria Espaço Hookah, Club 96, Tabacaria Mount Fuji Hookah Lounge, Tabaca do Arthur, Tabacaria Miami, Malik Hookah Lounge, Lucky Hookah Lounge e Red Hookah Lounge.
De acordo com Pablo Monteiro, proprietário de uma das tabacarias, o grupo está realizando todas as mudanças exigidas incluindo as adaptações solicitadas pela Vigilância Sanitária Municipal e também tentando se adequar conforme as legislações federais e estaduais vigentes, procurando a construção de um entendimento entre o município e os empreendedores. Os empresários alegam que os estabelecimentos geram empregos, recolhem tributos e trabalham no fomento das atividades econômicas da cidade.
Segundo o empresário, o grupo está lutando pela construção de uma regulamentação municipal, para que haja uma forma correta dos estabelecimentos permanecerem na cidade. "Todos os donos que estão se reunindo para essa associação estão regulamentados, conforme foi estabelecido para nós, mas atualmente nós não temos uma lei municipal para direcionar o que deve ser feito. Nos colocamos à inteira disposição do município para a construção de um diálogo, reforçando o nosso compromisso com o desenvolvimento da cidade'', argumentou o grupo, por meio de nota.
Os empresários também deixaram claro que são contra a comercialização de bebidas alcoólicas para menores de idade, além da entrada destes em ambientes proibidos pela legislação.
Conforme matéria publicada ontem pelo jornal Mogi News, o secretário municipal de Segurança, Paulo Madureira Sales, disse que mudanças deverão ser realizadas pelos donos dos estabelecimentos para se adequarem conforme a legislação federal. "Nós demos 30 dias para que eles possam realizar mudanças no estabelecimento, pois hoje em dia muitos estão parecendo casas noturnas", disse o secretário.
De acordo com Sales, uma reunião foi realizada no começo deste mês entre a prefeitura e os empresários do setor, com o intuito de conversar sobre as medidas que os estabelecimentos precisam ter - como a retirada de bebidas, shows e comida -, para que não se tornem casas noturnas, restaurantes ou lanchonetes. De acordo com o secretário, os espaços devem servir apenas para consumo do tabaco, no entanto, se um estabelecimento quiser optar pelo segmento de casa noturna, será dado um novo prazo e uma nova vistoria será realizada mais para frente.
*Texto supervisionado pelo editor.