A Câmara de Suzano instaurou, por unanimidade de votos dos vereadores presentes a segunda Comissão Processante (CP) para investigar outra denúncia protocolada na Casa de Leis contra o vereador Lisandro Frederico (PSD). A denunciante é uma advogada da cidade que já foi presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Suzano. Ela alega, no documento de quase 300 páginas, que o vereador "vem exercendo a vereança, em tese, com várias práticas incompatíveis, ilegais, ferindo os princípios da Administração Pública, e da ONG PAS estipulados no estatuto também, com quebra de decoro parlamentar e atitudes incompatíveis com a dignidade da Câmara Municipal, além, em tese, das práticas delituosos de concussão, corrupção passiva e peculato, caracterizando, em tese, toda a situação fática improbidade administrativa".
A denunciante relata, ainda, que Lisandro exerceu o cargo de presidente de uma ONG mesmo sendo eleito vereador (o que é ilegal), que ele supostamente utilizaria o mandato para beneficiar esta ONG, assim como a ONG seria administrada em prol o cargo político dele.
Lisandro se defendeu das acusações mantendo seu discurso que as denúncias têm "motivações políticas". "Recebi esta homenagem pelo excelente trabalho realizado na causa animal", disse. "Está nítido para a população o que está acontecendo", argumentou dizendo que as denúncias começaram após ele ter se declarado pré-candidato a prefeito. O vereador também criticou o fato que a denunciante usou termos como "em tese" no texto da denúncia. "Não tem que ter 'em tese'. Ela tem que provar", afirmou.