O número de pacientes do Alto Tietê que fazem diálise fora de Mogi das Cruzes ou Suzano é de aproximadamente 150 pessoas. A informação foi divulgada pela diretora dos Institutos de Nefrologia de ambos municípios, Silvana Kesrouani, aos vereadores Diego de Amorim Martins (MDB), o Diegão, e José Francimário Vieira de Macedo (PL), o Farofa - parlamentares de Mogi das Cruzes. Por esse motivo, os parlamentares vão sugerir ao presidente da Comissão Permanente de Saúde, o vereador Claudio Miyake (PSDB), para que seja criada uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) da Diálise, para encontrar soluções para o caso apresentado.
Em média, de acordo com Silvana, 600 pacientes fazem diálise em Mogi e em Suzano nas unidades do Instituto de Nefrologia. O tratamento serve para filtrar o sangue quando os rins não estão funcionando adequadamente ou estão em falência. "Estamos construindo uma outra sala para hemodiálise e, se fosse feito algum convênio com o município para complementar o que recebemos do Estado, certamente ficaria menos caro para a cidade", afirmou a diretora. O encontro dos vereadores também teve a presença do diretor-comercial da empresa sueca Diaverum, Rafael Ferreira. A empresa comprou os institutos em novembro do ano passado.
Um dos principais pontos levantados durante a discussão foi o fato de que os pacientes precisam se locomover para a capital para realizar o tratamento, que é feito quatro horas por dia em três vezes por semana, sendo que, poderiam realizar o tratamento na região. "Estamos falando de cerca de R$ 250 mil por mês que o município gasta com esse deslocamento", estimou o diretor-comercial.
A diretora dos institutos ainda informou que apesar de muitas vezes ter vagas disponíveis, não podem destinar aos pacientes de Mogi, porque o trâmite depende do Estado. "Muitas vezes temos as vagas, mas não podemos destiná-las a pacientes da cidade e eles ficam sem entender o porquê. Temos casos de pacientes que estão fazendo diálise em São Paulo e estão passando muito mal quando desembarcam do trem", lamentou Silvana.
O emedebista ressaltou que é preciso uma solução rápida para a situação, pois pacientes que precisam realizar a hemodiálise não podem aguardar por muito tempo. "É algo que não tem lógica. Se há vagas disponíveis, não há motivo para um morador de Mogi das Cruzes fazer o tratamento em São Paulo ou outra cidade", disse Diegão.
O vereador Claudio Miyake (PSDB), presidente da Comissão Permanente de Saúde, deve discutir com Diegão e Farofa sobre a possível criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) da Diálise. Ele ressaltou que é favorável que o tratamento seja realizado em Mogi das Cruzes. "Sempre fui favorável ao bom serviço da hemodiálise na nossa cidade e vamos discutir a criação dessa CEV", reforçou.