A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 do município de Poá, apresentada anteontem na câmara, eque prevê uma queda 40% da receita municipal em comparação ao ano passado, gerou debates na casa legislativa e alguns vereadores explicaram o que a prefeitura pode fazer para contornar a situação.
Os vereadores Saulo Teixeira (PSL), o Saulo Dentista, e Saulo Souza (SD) disseram à reportagem do Dat que a prefeitura precisará realizar alguns cortes no município, mas o Executivo poaense precisa se atentar no que será feito, para não prejudicar os moradores.
Souza explicou que os cortes devem acontecer durante o próximo ano, porém, a prefeitura precisa se conter em não cortar aquilo que é prioridade da população, como saúde, educação e segurança. "Não vamos aceitar se esse assuntos tiverem um corte grande, tem que cortar regalia, excessos, desperdícios para priorizar o que é importante para população", apontou o vereador.
Já Saulo Dentista disse que a partir deste momento, a gestão precisa desenvolver um plano do que é necessário para manter a cidade funcionando. Segundo o parlamentar, o município possui um gasto muito alto com aluguel de prédios, carros de luxo e contratos "absurdos". "A prefeitura precisa ter juízo e comprometimento nesta fase difícil, coisas que a gestão não está fazendo'', disse.
O valor estipulado de R$ 351 milhões para 2020, teve uma redução em comparação ao ano passado, que apresentou R$ 510 milhões, por causa da saída do Banco Itaucard no município, que garantia aproximadamente, mais R$ 157 milhões ao município com o recolhimento do Imposto Sobre Serviço (ISS).
Os setores que terão orçamentos reduzidos não foram divulgados, mas no mês passado o Secretário da Fazenda de Poá, Robson Senziali, havia informado que os principais cortes pela ausência do banco na cidade serão na área da Saúde, podendo, inclusive, ocorrer o fechamento do Hospital Municipal Doutor Guido Guida, localizado no bairro Jardim Medina.
Após o comentário de Senziali, o secretário de Governo de Poá, Fernando Miranda, explicou que a ideia de fechar a unidade é muito remota, mas não negou que a prefeitura iria continuar analisando todas as situações sobre o que pode ser cortado no município.
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