O levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) a respeito das obras paralisadas ou atrasadas no território paulista apontou 23 casos no Alto Tietê, dos quais cinco estão na cidade de Suzano. De acordo com o relatório, o conjunto das obras soma R$ 93.222.116,80 em contratos no município.
Somente a reforma e ampliação do bloco principal e construção do novo prédio do hospital auxiliar de Suzano, de responsabilidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) - que não cabe ao município - possui contrato avaliado em R$ 31.864.491,48 e segue atrasada.
A Prefeitura de Suzano relatou ontem a situação dos empreendimentos citados pelo TCE. A obra na avenida Sete de Setembro, por exemplo, está na conclusão da fase de preparo de solo. "A próxima etapa deveria ser a de implantação da capa asfáltica, mas o terreno apresentou problemas de drenagem. Por isso, uma revisão do projeto está sendo feita e o serviço terá continuidade conforme a liberação dos recursos", explicou, em nota.
Já no caso dos campos de futebol, a obra já foi concluída e entregue no final de abril. Segundo a prefeitura, a pendência da iluminação já foi resolvida e está funcionando. Além disso, os documentos de reprogramação que estavam pendentes no contrato com a Caixa já foram entregues e estão em análise.
Em relação ao Hospital Regional, a prefeitura de Suzano está caminhando com os processos burocráticos com a empresa para seguir com distrato e chamar a segunda colocada do certame para dar continuidade à obra. No entanto, antes da retomada, a parte documental será enviada à Caixa para análise. "A previsão de retomada é para os próximos meses", estimou.
As outras duas obras citadas (Badra-Jaguari e Badra-Planalto) foram contratadas em 2011, duas gestões municipais anteriores. Neste período, segundo revelou a prefeitura, as administrações não pagaram ao consórcio de empresas responsável pelas obras os reajustes dos valores do contrato. Por isso, acabaram paralisadas. "No início da atual gestão, com o fim do prazo do contrato, a prefeitura chamou o consórcio para discutir a situação, mas o mesmo declarou não ter mais interesse em continuar o serviço", esclareceu.
Diante desta conjuntura, o Executivo se reuniu com a Caixa e recebeu a orientação para reprogramar o processo licitatório das obras. Atualmente, a prefeitura está na fase de aprovação desta reprogramação. O orçamento já foi aprovado pelo banco.