Os pais da recém-nascida Rebeca Manuella da Silva Antônio, que completa hoje 11 dias de vida, estão buscando apoio político para conseguir uma cirurgia de alta complexidade para a filha, que nasceu com atresia pulmonar com átrios invertidos, ou seja, um problema que dificulta o desenvolvimento correto do ventrículo.
Durante sessão realizada anteontem na Câmara de Mogi, o vereador Diego de Amorim Martins (MDB), o Diegão, falou sobre o caso e fez um apelo para os deputados estaduais eleitos na região. A criança está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Mogi até conseguir transferência para um hospital que realize a cirurgia.
De acordo com Antônio Junior, pai de Receba, ela nasceu com um aspecto arroxeado e os médicos aplicaram um remédio para abrir as veias da menina, pois ela poderia ter um problema cardíaco. Posteriormente, a bebê foi transferida para um hospital em Taboão da Serra, onde os médicos descobriram que o problema era grave: a atresia pulmonar. "Falta um 'furinho' no pulmão dela para que circule o sangue e as coronárias estão trocadas. Voltamos para a Santa Casa depois dessa informação e estamos na luta para conseguir uma vaga na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross)", disse.
Nos primeiros momentos de vida, Rebeca sofreu uma parada cardíaca e um sangramento no pulmão. A tristeza dos pais é grande, mas não impede a luta para conseguir a cirurgia. "Nossa filha é uma guerreira, ela já está pegando peso, está estável, só falta mesmo a cirurgia. O xerife do consumidor, o deputado estadual Jorge Wilson (PRB) já entrou em contato comigo e um dos objetivos dele é fechar o Cross, porque realmente só deixa viver quem eles querem", lamentou o pai.
A Santa Casa de Mogi das Cruzes confirmou a dificuldade de se conseguir vaga para a cirurgia. Ao lado da esposa, Michelle da Conceição, Antônio Junior afirmou que está recebendo todo o atendimento necessário. O vereador Diegão revelou que está sensibilizado com o caso e vem contatando as autoridades competentes para conseguir a cirurgia para Rebeca.
"Mobilizei todo mundo para ver o que conseguimos, temos de pensar na criança, que é uma vida que está em risco, mas ninguém deu respaldo nenhum. O pior é que a criança tinha sido retirada da fila de prioridade do Cross quando fui ver a situação dela, ou seja, ela está à deriva, à mercê da própria sorte", afirmou. O Cross informou que acompanha o caso e está buscando uma vaga para que a criança possa fazer a cirurgia.