Em depoimento à CPI das Fake News, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou que assessores ligados à Presidência da República comandam "milícias digitais" e controlam "perfis falsos em excesso". A passagem do tucano na comissão foi tumultuada e marcada por discussões entre ele e deputados do PSL, seu antigo partido. "O Planalto virou o porto seguro de terroristas digitais", afirmou Frota.
Frota é o primeiro dos ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro a depor na comissão criada para investigar a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018. De acordo com o deputado do PSDB, os filhos do presidente controlam uma rede usada para atacar adversários do presidente.
Questionado pela relatora da CPI, a deputada Lídice da Mata (PSB-SP), o deputado citou os nomes dos assessores especiais da Presidência Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz, como sendo integrantes do chamado "gabinete do ódio". O grupo é próximo ao presidente e atua nas redes sociais da Presidência. Os três também irão depor na CPI em data ainda não definida.