O vereador Diego de Amorim Martins (MDB), o Diegão, revelou ontem, em sessão ordinária, que a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes terá de devolver, em um prazo de dez dias, o valor de R$ 1,5 milhão para o governo do Estado de São Paulo. De acordo com ele, os médicos que atuavam no hospital são concursados e o horário de trabalho não estava alinhado com o cargo que ocupavam. A ideia do emedebista é criar uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para apurar a situação financeira do hospital.
Ainda conforme o parlamentar, o Portal da Transparência da Santa Casa não mostra a ocupação dos funcionários e o salário, diferentemente do portal da Câmara, onde é possível encontrar todas as informações pertinentes em relação aos funcionários. "Estamos levantando diversas informações e nem se quer o nome dos funcionários conseguimos encontrar no site", afirmou.
Santa Casa
Segundo o gerente Operacional da Santa Casa, Mário José Calderaro, a devolução do valor aproximado de R$ 1,5 milhão, o qual a Secretaria Estadual de Saúde solicita que o hospital de Mogi das Cruzes efetue no prazo de dez dias, refere-se à prestação de serviços do programa Pró-Santa Casa, de 2015. "O motivo alegado por eles (Secretaria Estadual de Saúde) é que a empresa que presta serviço no Setor de UTI Neonatal possui em seu quadro societário médicos que têm vínculo empregatício com o Estado, porém, a prestação de serviço destes profissionais são feitas exclusivamente na Santa Casa, com horários não conflitantes em nenhum momento", explicou.
Calderaro relembra que este recurso destina-se exclusivamente à parte do pagamento de equipe médica, material e medicamento utilizados na UTI Neonatal, sem cobrir os valores excedentes pelos quais a Santa Casa é obrigada a arcar com recursos próprios toda vez que o número de atendimentos é maior que a capacidade. "É absurda essa cobrança, visto que o serviço já foi devidamente prestado, em 2015", completou.