Ao que parece, o gradil do Córrego dos Corvos, margeado pela avenida Paulo VI, em Cezar de Souza, vai ser entregue de forma segura para a população da região. Isso é o que espera vereadores da Câmara Municipal e a Prefeitura de Mogi das Cruzes, que mantiveram nos últimos meses as cobranças por qualidade na obra, o que obrigou a empresa responsável pela reforma e implantação do equipamento de segurança refizer todo gradil, trabalho que começou anteontem. Em nota, a administração municipal ainda salientou que reteve cerca de 50% do valor do contrato até que a obra seja concluída e aceita pela prefeitura.
A Secretaria de Serviços Urbanos já havia emitido quatro notificações para a empresa por problemas na obra. Posteriormente, foi realizada uma vistoria técnica com acompanhamento dos vereadores e moradores. A empresa se prontificou a sanar os problemas apontados, o que está sendo realizado.
O vereador Antonio Lino (PSD) postou em suas redes sociais um vídeo com imagens de trabalhadores refazendo a calçada que, futuramente, receberá o novo gradil e afirmou que vem cobrando reforço no calçamento do equipamento de segurança há mais de dois meses, quando ele, juntamente com seu colega de partido na câmara, Carlos Evaristo, e com o secretário de Serviços Urbanos da prefeitura, Dirceu Lorena de Meira, estiveram no local e constataram graves falhas na execução do projeto. "Ouvimos muitas reclamações dos moradores e realmente a obra estava muito mal feita", pontuou Lino.
Moradores da avenida ouvidos pela reportagem na tarde de ontem se disseram felizes com a reforma, já que as condições, segundo eles, estavam precárias ao longo de toda a extensão do córrego. O mestre de obra e morador da avenida Paulo VI, Antônio Paulino dos Santos, 55 anos, afirmou que faltou uma base mais sólida para assentar o gradil, tornando previsível a necessidade de refazer a instalação do equipamento. "Faltou um cimento específico para calçar a base, ficou um concreto mal feito. Qualquer pessoa derrubava", afirmou Santos. Além disso, ele concordou com sua esposa, a dona de casa Magali Germano dos Santos, 52, quando ela disse que era melhor não ter feito nada no local - e deixado o córrego sem proteção - do que executar a obra da forma mal feita. "Pelo menos agora temos segurança. As crianças são nossa maior preocupação".
A moradora da avenida há mais de 50 anos, Helena Ferreira Guarnieiro, 80, disse que até "um vento forte" derrubava o gradil devido a má instalação. "O gradil é bom, a ideia é boa, mas estava muito mal feito, estava muito solto, tomará que agora melhore", afirmou a moradora.
*Texto supervisionado pelo editor.