Com o intuito de criar um corredor sem interferências desde a saída de São Paulo até o litoral paulista, passando por Mogi das Cruzes, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) propõe o fortalecimento da Rota do Sol como caminho prioritário para o público da capital. Para tal, o departamento propõe um conjunto de obras estruturais que "chamam atenção pela mudança no visual urbano poluído que será imposto à cidade e pela falta de estrutura que as vias possuem para receber estes equipamentos", como definiu o membro da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Mogi das Cruzes (AEAMC), Nelson Batalha, nascido e criado na cidade, que, há 35 anos, atua como arquiteto em diversas cidades da região.
Em visita sugerida e acompanhada pela reportagem em alguns dos locais que receberão, a partir de 2024, pontes, viadutos ou travessias; o arquiteto que há 20 anos trabalha no ramo de laudos judiciais destacou a inviabilidade dos projetos e o grande número de imóveis que serão desapropriados para receber tais estruturas.
"Como mogiano, sou contra e, como técnico, também. São obras que terão grande impacto na cidade com as intervenções em vias municipais e de uso local. Essas avenidas não foram feitas para comportar tais obras", disse Batalha, afirmando ainda que as novas estruturas irão melhorar o fluxo para quem vem da capital, mas que serão prejudiciais aos mogianos.