Os vereadores de Mogi das Cruzes foram contrários à proposta apresentada na manhã de ontem, durante reunião no Legislativo, pelo delegado seccional de Mogi das Cruzes, Jair Barbosa Ortiz, que sugere o registro de boletins de ocorrência - considerados simples - em prédios da prefeitura, como o Pronto-Atendimento ao Cidadão (PAC). De acordo com a autoridade policial, essa seria uma condição para a criação da Central de Flagrantes no município.
As informações foram divulgadas ontem pelo vereador Antonio Lino (PSD). O parlamentar acredita quepara agilizar essa situação do registro das ocorrências, a Guarda Civil Municipal (GCM), poderia fazer os boletins no momento em que atendesse os casos.
Em junho deste ano, o delegado seccional afirmou que a cidade terá uma Central de Flagrantes para auxiliar os quatro distritos policiais de Mogi. À época, ele informou que o espaço ficaria em um imóvel no centro da cidade e daria celeridade nos plantões de cada delegacia. No entanto, a conversa de ontem entre Ortiz e os vereadores, foi levantada a ideia de que funcionários da prefeitura realizariam o registro das ocorrências. "O seccional trouxe a proposta de que para criar a Central de Flagrantes precisa tirar boletins de ocorrência mais simples e seria registrado em órgãos da prefeitura. A maioria dos vereadores foram contra porque isso é uma responsabilidade do estado e não do município", justificou Lino.
Foi então que o parlamentar propôs a ideia de que a GCM possa registrar as ocorrências, bem como a Polícia Militar, o que facilitaria o trabalho nos plantões de cada delegacia. "Apresentei uma proposta que a guarda possa fazer o B.O da ocorrência, e a PM também, sem precisar ir para a delegacia. Se acontecer um acidente, ali no mesmo lugar já é feito o registro e colocado no sistema", disse.
À época do anuncio da Central de Flagrantes em Mogi, o delegado Ortiz afirmou que o prefeito Marcus Melo (PSDB) autorizou a procura de prédio para firmar convênio entre a prefeitura e a Polícia Civil. "As viaturas da PM vão se encontrar em um local que vai ter preparo para receber os atendimentos, pois atualmente os distritos não têm estruturas para atender diversos flagrantes. A ideia é conseguir atender os policiais simultaneamente e conseguir devolver a viatura para rua o mais rápido possível'', explicou o delegado.
Processo
O vereador Rodrigo Valverde (PT) informou em plenário que entrou com um processo para anular a nova regra para protocolar requerimentos no Legislativo, imposta com a aprovação do novo regimento interno. Para que os vereadores consigam informações da prefeitura sobre qualquer assunto, é necessário protocolar um requerimento, que atualmente, precisa ter a assinatura de oito vereadores.