Os 69 funcionários demitidos da Valtra, empresa do grupo Agco, localizada no distrito de Braz Cubas, conseguiram ontem entrar em acordo após reunião da empresa juntamente com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos. Além das verbas rescisórias, os ex-funcionários também receberão um salário a mais, além de quatro meses de assistência médica e três meses de vale compras. Além disso, a empresa garantiu que os funcionários que continuam na fábrica terão estabilidade no emprego até final deste ano.
As informações foram confirmadas ontem pelo vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, David Martins Carvalho. "Foi difícil a empresa ceder às solicitações, mas acabou aceitando e não vamos precisar ficar acampados na porta da fábrica. Os funcionários demitidos ficaram satisfeitos porque conseguiram ter as reivindicações solicitadas", explicou Carvalho.
O intuito da reunião do Sindicato com a Valtra foi justamente diminuir os prejuízos financeiros dos trabalhadores demitidos. "Todos os direitos já estão assegurados pela Valtra, no entanto, os antigos colaboradores vão enfrentar muitos prejuízos econômicos, por isso pedimos à empresa o pagamento de um valor extra para ajudá-los, e fomos beneficiados", disse o vice-presidente do sindicato.
A Valtra, em nota oficial, informou que com o objetivo de readequar-se à demanda atual de mercado, realizou na unidade de Mogi das Cruzes uma reestruturação do seu quadro funcional. "A Agco mantém sua atuação de acordo com as melhores práticas de gestão e reconhece a importância dos seus colaboradores para a companhia e para o desenvolvimento agrícola. Neste sentido, os profissionais desligados contarão com todos os benefícios previstos em lei, além de todo suporte necessário, dentro de um processo de demissão responsável", concluiu. (L.P.)