Os Sindicatos Rurais de Mogi das Cruzes e Suzano informaram que a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em que permite os ruralistas terem posse de arma em todo o terreno, não somente no imóvel sede, continua sendo benéfico para os produtores que já possuem o equipamento.
Segundo o texto da Presidência da República, a medida é para dar mais oportunidade aos produtores rurais em se defender da violência no campo. "Trata-se de salutar proposição legislativa, na medida em que confere segurança jurídica e impede divergências interpretativas", explicou o Palácio do Planalto.
O presidente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Gildo Takeo Saito, informou que a categoria não tem uma resposta para toda a classe, pois a opção de ter arma de fogo em casa depende da vontade ou da necessidade de cada um, mas apontou que, de agora em diante, haverá uma indecisão por parte dos criminosos em invadir os sítios na incerteza se terá uma arma no local.
Já para o diretor do Sindicato Rural de Suzano, Natalino Kazuo Araki, a nova medida é boa, mas também tem seus pontos ruins. "O novo projeto é somente uma extensão do que já tinha antes, que pode ser bom, mas às vezes também pode ser ruim. Pois a arma pode gerar alguns problemas desnecessários, mas de certa forma aumenta a segurança'', disse.
O delegado seccional de Mogi das Cruzes, Jair Barbosa Ortiz, explicou que o projeto é apenas "lógico", pois não fazia sentido o ruralista ter arma dentro de casa e não poder sair com ela no terreno, porém, o delegado apontou que a medida não irá provocar mais segurança, porque, segundo Ortiz, dar armas de fogo para a população não parece corrigir os problemas. "O que causa insegurança é a existência de um sistema criminal incapaz de fazer valer a lei penal", finalizou. (N.T)
*Texto supervisionado pelo editor.