Um projeto está sendo desenvolvido para coibir a prática dos transporte clandestino em Mogi das Cruzes, que segundo algumas organizações, coloca os passageiros em risco, pela falta de segurança ofertada por parte dos condutores.
Ainda sem nome, o projeto reúne representantes dos motoristas de transporte por aplicativo e dos motoristas de van escolar. Há uma insatisfação por parte destas categorias - e até um concesso - contra a prática do transporte clandestino, principalmente pela significativa parcela de público que se utiliza deste meio ilegal.
De acordo com o presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo da Região do Alto Tietê (Amarati), Maicon Silva, alguns motoristas de vans não regularizados junto à prefeitura estão fechando pacotes em bairro e condomínios para levar as crianças à escola, o que é ilegal e potencialmente prejudicial. "Nós não temos o poder de fiscalizar, mas podemos conscientizar sobre o risco e a ilegalidade da prática. A ideia e justamente essa, informar a população que o transporte clandestino é irregular e aos poucos ir coibindo essa prática", explicou o representante da categoria. A intenção de Silva, enquanto presidente da Amarati era de convidar o presidente do Sindicato dos Taxistas de Mogi das Cruzes, Sandro Monfort. Mas, ao que parece, o taxista não enxerga a possibilidade de endossar a campanha, apesar de ser contra o transporte clandestino.
Por outro lado, diretamente afetada pela concorrência desleal dos clandestinos, a representante dos motoristas de van escolar, Cláudia Saturnino também já havia sinalizado à reportagem que há a necessidade de algo ser feito para minimizar a atuação destes transportadores irregulares. "Nós transportadores temos que fazer um curso para atender as crianças, primeiros socorros, tem tudo um cuidado. Eles (os clandestinos) não estão preparados para lidar com as crianças", disse Cláudia no começo deste ano.
Apesar das categorias já terem se encontrado para tratar do tema, ainda não se sabe ao certo o que será feito, na prática, para se rever esta situação, algo que deve ser definido em breve, em consenso entre as partes.