Um novo planejamento do Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (HMMC), em Braz Cubas, deve zerar as filas de espera para as cirurgias de baixa complexidade em até cinco meses. Os 1,7 mil pacientes que estão na fila atualmente, aguardam por cirurgias como a de retirada de vesículas, retirada de mioma do útero e outros tipos de operações.
A decisão também transferiu alguns serviços do hospital, como atendimentos de clínico geral e de ginecologia, para as Unidade Básicas de Saúde (UBSs) do município, para que os profissionais possam dar mais atenção às cirurgias. A intenção é esvaziar a fila de espera que foi crescendo durante os anos.
Segundo a secretária-adjunta de Saúde, Rosângela Cunha, a mudança não vai provocar grande interferência na vida dos pacientes, pois eles poderão utilizar os serviços nas UBSs da mesma forma que recorriam ao HMMC. "Com a mudança de Organização Social (OS) no hospital, que ocorreu em junho, a Pasta viu a necessidade de mudar o plano de trabalho e aumentou o número de cirurgias de 120 para 300 operações, mas transferiu alguns serviços para as UBSs do município", explicou.
Para evitar a sobrecarga das unidades, já foi efetuada a contratação emergencial de oito clínicos e cinco profissionais especializados em ginecologia para serem distribuídos nas áreas que necessitam do auxílio, conforme informou a secretária-adjunta.
A fila de pacientes por cirurgias surgiu a partir de 2015, quando o Hospital Luzia de Pinho Melo encerrou suas atividades de pediatria. Assim, o número de atendimentos dessa categoria foi crescendo rapidamente no HMMC. Além disso, os profissionais do hospital começaram a reduzir o número de cirurgias ao focarem mais na pediatria, causando o aumento da fila de espera.
Um outro problema recorrente na área da Saúde em Mogi é a falta dos pacientes nas consultas e exames médicos agendados de clínico geral e de ginecologia. "As pessoas quando estão faltando nesses atendimentos acabam prejudicando elas mesmas e também um paciente que poderia estar sendo atendido naquele dia. No momento, nós estamos em planejamento para tentar conscientizar as pessoas sobre este problemas'', disse Rosângela.
A secretária-adjunta apontou que entre os meses de maio e agosto deste ano 11.130 pessoas deixaram de comparecer em consultas marcadas de clínica geral e 8.153 não estiveram presentes em atendimentos ginecológicos.
*Texto supervisionado pelo editor.