A melhoria no transporte público, como o aprimoramento das manutenções em trens e metrôs; o espaço de tempo para embarque e a superlotação de passageiros foram as principais demandas que os usuários da linha 11 Coral, da Estação de Suzano e da Estação de Mogi das Cruzes, apontaram na manhã de ontem. As cobranças dos usuários surgiram quando questionados sobre o sistema de identificação facial em trens e metrôs que deverá ser implantado pelo governador João Dória (PSDB), anunciado na última sexta-feira.
A data foi registrada como o último dia da "Missão Japão" e um dos resultados positivos das futuras parcerias foi a junção de atividades com a empresa de tecnologia NEC Corporation. De acordo com o governador, os bilhetes de papel deixariam de ser utilizados e dariam lugar à nova tecnologia, que reduziria a zero as fraudes.
Quando questionados sobre os benefícios da nova alternativa que será estudada, os entrevistados afirmaram que existem outras prioridades que precisam receber melhorias. O primeiro a opinar foi o pintor Vairton Pires, de 40 anos. "Para mim, o sistema atual deveria ser mantido. As autoridades precisam se preocupar em resolver os problemas de superlotação, que é algo precário. Essa identificação facial não vai mudar em nada", acrescentou.
O operador Victor Vinícius Duarte, 23, também acredita que existem outras questões mais importantes a ser resolvidas. "Se muitas ferramentas públicas têm problemas no funcionamento com a nossa digital, imagine um reconhecimento facial? A demora com que os trens e metrôs passam é um ponto muito mais importante".
Com o mesmo pensamento, o estudante Lucas Santana, 18, acha a proposta sem fundamento. "Para mim, ela é totalmente desnecessária. É um gasto que realmente não tem necessidade nenhuma, ainda mais com tantas outras demandas a serem resolvidas", disse.
*Texto supervisionado pelo editor.