"Independência ou Morte". Essa foi a famosa frase dita por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, quando proclamou a Independência do Brasil, que até aquele momento pertencia ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. A partir dessa data, o país iniciou sua história como nação independente. Hoje é celebrado 197 anos da independência do Brasil, fato que aconteceu às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.
Na ocasião, Dom Pedro estava no cargo de príncipe regente. No dia 14 de agosto de 1822, ele saiu juntamente com uma comitiva do Rio de Janeiro rumo a São Paulo. Depois de erguer a espada pela proclamação da independência do país, ele esteve em Mogi das Cruzes. De acordo com uma vertente histórica, há indícios de que ele esteve no município no dia 9 de setembro daquele ano. Antes de retornar ao Rio de Janeiro, passou uma noite no Convento do Carmo, de propriedade dos carmelitas, construído em Mogi em 1633.
Ao seguir viagem, Dom Pedro levou consigo um documento de apoio dos mogianos à independência. "É um fato importante de quase duas centenas de anos, pois o Brasil ficou quase 300 anos sob domínio de Portugal e, a medida que nosso país estava sendo regido pelo capital internacional, eles (os portugueses) faziam o que bem entendiam, ao contrário do desejo da população brasileira", explicou o professor e historiador Mário Sergio de Moraes.
Há diversos fatos curiosos que giram em torno do grito "Independência ou Morte". Um deles seria uma dor de barriga que Dom Pedro sentiu antes de chegar ao rio Ipiranga. De acordo com o jornalista e escritor Laurentino Gomes, autor do livro "1822", o coronel Marcondes, que logo se tornaria Barão de Pindamonhangaba, registrou que o príncipe regente havia comida algum alimento estragado e ficou com dor de barriga.
O grito da independência chegou a Portugal em meados de novembro de 1822, visto que uma viagem de navio do Brasil a Portugal durava, em média, dois meses. "A passagem de Dom Pedro por Mogi significou muito, embora naquela época as pessoas não tinham a menor consciência do que estava acontecendo naquele instante", destacou o historiador.