O prefeito de Itaquaquecetuba, Mamoru Nakashima (PSDB) foi indicado pela Polícia Federal durante a Operação Prato Feito, que apura fraude em licitação para a compra de merenda escolar. A investigação tem o apoio da 1ª Vara Federal Criminal da Capital e do Tribunal Regional Federal (TRF). Os trabalhos tiveram início em maio do ano passado.
Ao todo, a força tarefa indiciou 96 pessoas entre prefeitos, empresários e servidores públicos, por fraudes em licitações de merenda, uniforme e material escolar.
Foram investigadas cinco organizações criminosas que atuaram, de acordo com a PF, em pelo menos 30 municípios do Estado de São Paulo, fraudando licitações e a execução de contratos por meio da corrupção de agentes públicos.
Parte das apurações realizadas pela 1ª Vara Federal Criminal foram concluídas, com indiciamento de prefeitos que não foram investigados, nem alvo de quaisquer medidas, mas que diante do conjunto de provas apresentadas, concluiu-se que participaram do desvio de recursos. É o caso do prefeito Mamoru. As apurações em andamento no TRF, envolvendo prefeitos paulistas, foram desmembradas em 13 inquéritos, já encerrados.
Vale ressaltar que a Justiça ainda aguarda a manifestação do TRF para a execução das medidas cautelares solicitadas, especialmente o afastamento de prefeitos, assim como pedidos de prisão cautelar.
Com relação às apurações perante à 1ª VFC/SP, parte já foram concluídas, com indiciamento de prefeitos que não foram investigados, nem alvo de quaisquer medidas, mas que diante do conjunto probatório, concluiu-se que participaram do desvio de recursos.
A Prefeitura de Itaquá nega as acusações e afirma que "a própria PF disse que o prefeito Nakashima não foi investigado e nem alvo de quaisquer medidas na Prato Feito, por isso considera um equívoco ter seu nome ligado a este caso". Segundo nota encaminhada à reportagem, "a investigação em Itaquá investiga supostos agentes que teriam recebido benefícios indevidos, pessoas que foram exoneradas da Prefeitura no ano de 2011. O prefeito Nakashima assumiu em 2013, ou seja, nada tem a ver com esse caso ou com seu mandato".
A Câmara de Itaquá arquivou supostas irregularidades na contratação dos serviços de merenda escolar no município. Na última sessão, os parlamentares não viram provas suficientes para punir o chefe do Executivo.
*Texto supervisionado pelo editor