O déficit habitacional de Mogi das Cruzes é de aproximadamente 15 mil moradias. A informação foi divulgada ontem pela Coordenadoria de Habitação da prefeitura, que ainda destacou que esse é o número de unidades que teriam de ser construídas para suprir a demanda.
Na tarde de anteontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lançou o programa Nossa Casa, que fornecerá cheques-moradias de até R$ 40 mil para famílias com renda até três salários mínimos. Uma lista com 114 municípios contemplados foi divulgada na quarta-feira, mas Mogi não estava incluída. Apesar disso, ainda há mais duas fases do programa, uma que atenderá 24 municípios com a modalidade Nossa Casa-Apoio, na qual empresas privadas e entidades colocarão terrenos à disposição do programa e construirão empreendimentos e a Nossa Casa-Preço Social, que envolverá os municípios.
O prefeito Marcus Melo (PSDB) confirmou ontem, durante a entrega se seis ambulâncias para a frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Central de Urgências, Remoções e Emergências (Cure) 192, que a cidade vai se cadastrar no programa. "Já estive com o secretário de Habitação do Estado, Flavio Amary, e inclusive já foram protocoladas duas áreas da cidade, uma em Cezar de Souza e outra em Braz Cubas, que podem receber essas unidades habitacionais", disse. Cada um desses terrenos possui 10 mil metros quadrados.
Sem previsão para a chegada de empreendimentos habitacionais sociais, a proposta do governo pode solucionar algumas situações. Questionado sobre o assunto, o chefe do Executivo mogiano explicou que há diversas pessoas na fila de espera e todas precisam de uma oportunidade de moradia. "Há várias pessoas que continuam na fila desde 2009 e esses programas habitacionais sempre foram com recursos do governo, que usa tributos que o mogiano contribui. Estamos sempre pleiteando para poder resolver todos os casos possíveis", concluiu.
A Coordenadoria de Habitação também confirmou o interesse em se cadastrar no programa e que está elaborando um levantamento de áreas disponíveis para receber as moradias. "Uma vez construídas, as unidades seriam destinadas a todos que precisam de atendimento habitacional por meio de subsídios, o que também pode incluir as famílias das áreas da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista)". Essa área é referente a um dos problemas habitacionais, das 459 famílias que residem debaixo das torres de alta tensão da CTEEP, em Jundiapeba.
A última entrega de empreendimentos na cidade foi em 2017, com o Residencial Manacá. Ao todo, há 4.720 apartamentos do projeto Minha Casa Minha Vida, do governo federal, na cidade. Outras 520 unidades ainda serão entregues na região da avenida Kaoru Hiramatsu.