Algumas cidades do Alto Tietê manifestaram sua intenção em aderir ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, lançado na última quinta-feira pelo governo federal. A Prefeitura de Itaquaquecetuba, por exemplo, afirmou que tem interesse no projeto e considera a possibilidade da instalação de uma unidade escolar nesses moldes devida a "qualidade comprovada do ensino".
Com algumas ressalvas e pouco mais precavida, a Secretaria de Educação de Ferraz de Vasconcelos disse que tudo o que vier para contribuir na educação dos alunos interessa à prefeitura e que toda escola ajuda na formação. Entretanto, a administração sinalizou que deve aguardar outros casos da região para utilizar como parâmetro. "A Educação ferrazense está aguardando resultados satisfatórios em outros municípios para que a cidade possa participar do planejamento deste tipo de educação", ponderou a pasta.
Apesar da sinalização positiva dos municípios, outras administrações municipais não demonstraram intenção em se cadastrar no programa que prevê a implementação de 216 colégios cívico-militares até 2023 - 54 por ano, a começar por 2020. Arujá, por exemplo, destacou que até o momento a cidade não possui "interesse" em aderir à proposta governamental.
A administração de Poá também ressaltou que não existe nenhuma ação neste sentido e que o município tem as melhores escolas do Ensino Fundamental do Alto Tietê, o que confirma a evolução constante da Educação oferecida. "A cidade tem registrado avanço contínuo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, nos Ensinos Fundamental I e II", completou, por nota.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes alegou que ainda não foi notificada oficialmente pelo Ministério da Educação (MEC) sobre o programa.
Projeto
Segundo o governo, a escola cívico-militar é um modelo desenvolvido para promover a melhoria na qualidade da educação básica do país. Para isso, será construído um ambiente de parcerias e de maior vínculo entre gestores, professores, militares, estudantes e até mesmo pais e responsáveis.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) destacou a disciplina em escolas com tutela de militares e as classificou como fundamentais para o desenvolvimento do país. O modelo vai abranger as áreas didático-pedagógica, educacional e administrativa, sendo que apenas nesses dois últimos pontos haverá a participação dos militares.
Devem ser contratados militares da reserva, via processo seletivo. A duração mínima dos serviços é de dois anos, prorrogável por até dez anos. O contrato pode ser cancelado a qualquer momento. Os profissionais vão ganhar 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.
*Texto supervisionado pelo editor.