A mineradora Porto de Areia Caravelas responderá por crime ambiental após operação realizada ontem pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A Delegacia do Meio Ambiente de Mogi das Cruzes foi acionada na manhã de ontem, por volta das 9 horas, por um representante do Ministério Público, após encontrar diversos tipos de materiais descartados irregularmente no solo próximo à mineradora, que fica na rua David Bobrow, na Vila São Francisco.
De acordo com o delegado ambiental do município, Francisco Del Poente, no local havia resíduos hospitalares, resíduos de obras, materiais orgânicos, pó de amônia e óleo diesel.
Segundo ele, é possível que a mineradora responda por responsabilidade civil, criminal e pague multas pelos crimes ambientais. Del Poente também relembrou que a empresa já apresentou problemas do mesmo tipo. "A avaliação das penalidades que a instituição receberá ainda não foi concretizada, no entanto, sabemos que ela já foi questionada por questões do gênero", disse. Além disso, Del Poente afirmou que a empresa estava funcionando sem a devida licença de operação.
Também foram encontrados sinais de queima de vegetação ao redor do terreno pela equipe da perícia técnica. O delegado explicou a prática que a empresa realiza e resulta na poluição. "Com o processo de extração de areia, ela faz a escavação no solo e depois efetua a reposição do espaço. A Cetesb autoriza a reposição com resíduos sólidos, porém, a organização acaba readequando o solo com outros materiais e quantidades de lixo também acabam sendo incluídas", explicou.
A reportagem tentou entrar contato com algum representante na mineradora Caravelas e também por e-mail, mas não obteve resposta.
*Texto supervisionado pelo editor.