A legalidade dos vendedores ambulantes voltou a ser discutida ontem na Câmara de Mogi das Cruzes. Durante sessão ordinária, foi revelado pelos vereadores Iduigues Martins (PT) e José Francimário Vieira de Macedo (PL), o Farofa, que o secretário de Segurança, Paulo Roberto Madureira Sales, o coronel Sales, se mostrou favorável para a abertura de novas licenças no município.
A proposta do petista é de abrir licenças para ambulantes se legalizarem e atuarem em áreas que atualmente na cidade possuem espaço, mas não há nenhum vendedor. "Muitas pessoas sobrevivem por meio do comércio nas ruas e há cerca de dez anos novas licenças estão congeladas para esse tipo de trabalho em Mogi. As pessoas vão desistindo de trabalhar na legalidade já que não conseguem, e o número de pessoas cadastradas vai reduzindo", explicou o parlamentar. De acordo com ele, o comércio nas ruas pode ser uma forma de movimentar o turismo na cidade, como ocorre em outras localidades, com, principalmente, o comércio de alimentos. "Essa ação força as pessoas que necessitam irem para a clandestinidade e não podemos continuar numa situação como essa. Tem lugares como a avenida Japão e a rua Thuller, por exemplo, que quase não tem vendedores ambulantes, temos que impulsionar a geração de emprego e renda", disse.
O vereador do PL, Farofa, afirmou que em conversa com o chefe da pasta de Segurança, foi revelado que a prefeitura já tem mais de cem pontos na cidade para serem analisados como locais para empreendimentos de rua. "Vamos agendar uma nova reunião com o Sales para visitar todos esses pontos para poder melhorar a economia da nossa cidade, isso ajuda o comércio e a cidade como um todo".
Na sessão da semana passada, o vereador Antonio Lino (PSD) havia informado que em conversa com comerciantes do distrito de Jundiapeba foi questionada a questão sobre os vendedores ambulares não legalizados. A situação relatada pelos comerciantes acaba atrapalhando quem atua na legalidade, já que os tributos necessários para a atividade são pagos. Lino adiantou que vai solicitar uma reunião com o prefeito Marcus Melo (PSDB) para buscar uma solução para o problema.
